Todo mundo tem aquele amigo descolado, sabe? Aquele que se veste de qualquer jeito, fuma seu baseado na tranquilidade, tem tatuagens super legais por todo o corpo, piercings no mamilo, cortes de cabelo “estilosos” e etc. Acho que vocês entenderam, né? Porque assim ele destoa das pessoas normais, das pessoas que estão na “Matrix”, que se “renderam” ao sistema “capitalista” e agora são escravizadas por ele, justamente por trabalharem para algum empresário malvado que sonha em dominar o mundo.
Este cara descolado existe. Não é brincadeira. Para ajudar, todo este estereótipo de um hippie bonzinho que só pensa no bem da humanidade, é ainda fortalecido em suas redes sociais (com Iphone). Suas postagens baseiam-se em cagação de regra de como todo mundo deve viver, pois como está sendo postado por alguém “santo”, obviamente não há dúvidas de suas boas intenções. Quando este ser puro abre a boca, diz defender todas as minorias, é contra a desigualdade e a favor dos pobres. Quem duvidaria de toda esta benevolência?
Mas sempre tem aqueles homens malvados, que duvidam da bondade do hippie-santo, para confrontá-lo. Gostei: hippie-santo. Então dizem: “Isso que você defende já foi testado. O resultado foi mais de cem milhões de mortes.” O hippie-santo, com toda sua sabedoria lhes responde: “Isso não foi comunismo de verdade. Se fosse hoje, com nossos representantes do PSOL e do PCdoB, seria diferente.” Confesso a você, leitor, que tenho dificuldade de continuar a escrever o texto de forma irônica e despretensiosa, como normalmente eu faço aqui no “Precisamos Falar Sobre Isso”. Simplesmente porque o narcisismo deste pessoal descolado de achar que “com eles vai ser diferente” me faz perceber que toda ideologia tende a apodrecer sua moralidade, tende a destruir o resto de sua humanidade.
Não! Não vai ser diferente. Cem milhões de mortos é o resultado de uma busca por igualdade desenfreada. É exatamente o que é o comunismo. Eu poderia dar diversos argumentos científicos e econômicos do porquê o comunismo não funciona, mas vou me ater apenas à questão humana: o comunismo não funciona porque ele é malévolo, vil e desumano. O hippie-santo não passa de um preguiçoso, pois para aprender algo, é preciso estudar, levantar da cama, trabalhar, colocar-se à disposição de outras pessoas e aceitar as responsabilidades que a vida adulta lhe traz.
Ao olhar as pessoas agindo no mundo, o hippie-santo, além de preguiçoso, passa a ser consumido pela inveja, eis que surge o ódio aos ricos, aos bem sucedidos, aos homens que agem e que fazem realmente a diferença no mundo. O que sobra para o nosso hippie? Ódio e ressentimento. O único lugar que poderá abrigar um ser humano que perdera a humanidade é em alguma ideologia política, e, no caso aqui: o comunismo/socialismo.
Então, da próxima vez que ouvir algum descolado dizendo que “Isso não foi comunismo de verdade”, saiba que este ser não passa de um ressentido. Só isso, um ressentido que, apesar de parecer preocupado com a humanidade, não é capaz de arrumar a si mesmo. Digo isso, pois muitas pessoas ainda não entenderam que é impossível deixar o mundo melhor. O que acontece de fato é: enfrentamos nossos medos, passamos a fazer nossas responsabilidades diárias e criamos uma vida com significado. Eis aí a possibilidade de viver em um mundo com menos sofrimento.
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